
Escuta os gritos
de Paris.
Os gritos de quem agoniza
no chão.
Escuta os tiros
como gritos
de quem atira
- e os escuta também.
Escuta o grito
aterrorizado
de um mundo
que anseia por se sentir
seguro.
Escuta os gritos
do outro mundo,
que comemora
o sangue,
e que grita por algo
também.
Escuta os gritos
que não se
ouvem,
das vítimas e algozes
em lugares que não se vê.
Sem a mídia
como megafone,
eles gritam baixo
- mas, ainda assim,
gritam também.
Escuta os gritos
Marianos,
Diamantinos,
de rios, peixes e pessoas,
e tantos outros seres.
Gritos que ficam
invisíveis
...
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