ÁRVORES VIVAS

Árvores Vivas

Para a Juliana Gatti, que é uma árvore que fala! Aí começou assim: eu achava que tinha pessoas que eram árvores. Porque árvores, para mim, eram coisas feias, sujas, no meio da cidade. Não dava para sentar perto delas, porque tinha terra que sujava o vestido, e restos de papel, comida e bituca de cigarro. Tinha até gente que fazia xixi e cocô no pé da árvore! Eca! E eu via pessoas que eram assim também. Ficavam lá, em silêncio, sujas e com os olhos vermelhos, sentadas em pedaços de papelão ou em colchões tão velhos que nem dava mais para chamar de colchão. “Eles moram na rua”, dizia minha mãe...
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