Author: Gustavo Prudente

Estruturas de Poder – Desqualificação do outro (primeira parte)

Desenvolvemos, como humanos, uma estratégia básica para lidar com nossa vulnerabilidade: acumular poder. Mesmo que não aplaque plenamente nossa angústia, sentirmo-nos poderosos perante o outro nos traz uma (frágil) sensação de segurança. Com o tempo, criamos diversas variáveis dessa estratégia, que fazem parte de nosso cotidiano sem que percebamos. É sobre elas que discorre a série de textos que inicio agora.   Uma maneira simples de acumular poder é desqualificar o outro. Quem é desqualificado perde força, e quem desqualifica ganha. Algumas maneiras comuns:   Banalizar...
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Ser pai num mundo capitalista

Carrego comigo uma dor. De ser pai num mundo capitalista, desigual, que coloca o trabalho e o dinheiro como centro da vida. Parte desse dor é de me sentir vítima. Porque eu gostaria que a família fosse o eixo e o trabalho orbitasse em torno dela – e não o contrário. Que a cultura gerasse mais home office, menos horas de trabalho, mais integração das crianças nas reuniões e no cotidiano profissional, mais autonomia e liberdade sobre como equilibrar o tempo dedicado a produzir e a simplesmente existir, mais abundância compartilhada de recursos, para podermos escolher nos dedicar à poesia e ao...
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O que há de errado com o “Alimento para Todos”

Recentemente, compartilhei a notícia de lançamento do programa “Alimento para Todos”, lançado pela atual gestão da prefeitura de São Paulo, junto com uma mensagem sarcástica, em que critico tanto o Programa em si quanto a foto do lançamento, em que predominam pessoas brancas. A publicação gerou uma resposta incomodada de um amigo, afirmando que esse tipo de projeto “é tendência e super necessário”, questionando se “para sancionar um projeto de lei deve haver cota racial também para quem participa do ato”, e sugerindo que minha crítica teria sido feita “sem analisar o que é, apenas por ser adve...
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A maternidade/paternidade é estressante?

Confesso que me inquieta o uso do verbo “ser” para definir as coisas. Quando algo “é”, significa que ele se mantém assim independente das condições. Uma árvore é uma árvore mesmo se cortada ao meio, se bem ou mal cuidada, ou se vive espremida numa calçada de avenida ou no espaço amplo duma floresta.   Se ser pai ou mãe é estressante, esse estado se mantém independente de suas condições. Mas não é o que percebo. A partir de tantas experiências vividas por mim ou por pessoas próximas, e de tantos relatos lidos e assistidos, vejo que o estresse da paternidade – e, em especial, da mater...
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William Waack é nosso doloroso espelho branco!

Uma reflexão sobre William Waack e o que isso conta de nós, brancos. Em geral, quando existe uma ideologia ou opinião que é realmente rechaçada por uma sociedade (seja isso positivo ou negativo), as pessoas que as sustentam escondem isso de tudo que é jeito, para se proteger. E quando se expõem, é conscientemente, como forma de luta. Tipo livro sobre comunismo na época da ditatura ou homossexualismo no Iraque. O fato de Waack se sentir à vontade para fazer aquele comentário em pleno ambiente de trabalho, para uma pessoa que nem íntimo dele é, e com câmeras apontando para seu nariz, fala tanto ...
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Tomar decisões

Reconhecendo melhor minhas necessidades e entendendo como posso buscar estratégias de atende-las de maneira mais abrangente, o processo de tomada de decisão pode ser mais efetivo. Assista mais no link abaixo e deixe seus comentários para continuarmos esse papo e reflexão juntos. https://youtu.be/uy1KXYn8u6g
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Prosperidade

Como falar de prosperidade sem cair na ditadura da felicidade? Como sustentar um sistema de crenças próspero? Assista mais no link abaixo e deixe seus comentários para continuarmos esse papo e reflexão juntos. https://www.youtube.com/watch?v=R5Iw-m_P-CY&feature=youtu.be
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O que é ser normal?

Qual o nosso papel em cristalizar ou flexibilizar os padrões de normalidade de nossa cultura? Como contribuímos para a construção de privilegiados e marginalizados? E o que isso tem a ver com os “loucos” que moram nas ruas das grandes cidades e os hospitais psiquiátricos onde amontoam-se restos de gente, esquecidos pelo mundo? E o que isso tem a ver com movimentos como os da “anti-psiquiatria” e os Centros de Atenção Psico-Social, que preferem a integração do indivíduo em tratamento à sociedade, em vez da internação? https://www.youtube.com/watch?v=7eFhl4HrALA
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