Poesia

(XXI)

Era tarde. Estávamos cansados. A dor no coração dela transbordava pelos olhos. Não era nada grave. Estava apenas triste, de TPM, de mau-humor. Frustrada porque não havia conseguido dar conta de tudo que havia planejado no dia. E mesmo assim, ela era puro amor. Sentia a sua dor no meu coração, que pulsava com doçura pela simples existência dela em minha vida.   Pedi licença para tomá-la em meus braços. Estendi a minha mão, sobre a qual ela posou a sua. Puxando-a suavemente pela mão, convidei-a a se levantar. Ela se ergueu, metade elegante, como sempre é, metade desabando, como às vez...
LEIA MAIS

O MENINO QUE RIO

O MENINO QUE RIO
Gustavo Prudente, junho de 2011   Os direitos de publicação de "O Menino que Rio" foram cedidos à Editora Evoluir, que está providenciando uma primeira edição do livro para o fim de 2015. Por razões contratuais, o texto foi retirado deste blog, mas estará disponível em breve na versão impressa, com ilustrações belíssimas de Victor Farat (http://victorfarat.tumblr.com/ e https://www.facebook.com/victor.ilustracao?pnref=story). Grato pela compreensão!
LEIA MAIS

(V)

(V)
Certamente há outros homens que, como eu, choram ao ver uma mulher dançar. Mesmo que não chore com lágrimas – eu, por exemplo, choro dentro do peito. Não há nada mais lindo que uma mulher entregue à dança, qualquer dança – forró, axé, rock`n`roll, odissi, jazz, contemporâneo, ritmos africanos, populares, balé, dança espontânea – desde que dance inteira, como se seu coração fosse o eixo de um movimento com domínio, mas sem controle. Se as curvas de uma mulher já são, por si só, iluminadoras do homem que as adora, quando elas se movem, com essa graça, com essa luz, com essa força, o mel desce de...
LEIA MAIS